Retrato de Alberto Pimenta, por Orlando Almeida.

Retrato de Alberto Pimenta, por Orlando Almeida.

 

Alberto Pimenta

Alberto Pimenta (Porto, 26 de Dezembro de 1937) é um escritor, poeta e ensaísta português. Destaca-se entre os autores europeus contemporâneos pelo carácter crítico e irreverente da sua obra, bem como pela diversidade dos géneros abordados: poesia, ficção, teatro, linguística, crítica, happenings e performances.

Pimenta foi Leitor de Português em Heidelberg, contratado pelo governo português a partir de 1960. Devido à sua oposição ao regime fascista português e à política colonialista em África, foi demitido em 1963. Porém, não voltou ao seu país nesse momento, pois foi contratado pela Universidade de Heidelberg. Aí permaneceu até voltar a Portugal em 1977, poucos anos depois da Revolução dos Cravos.

Em 1977, publicou o livro de poesia Ascensão de Dez Gostos à Boca, que sintetiza a combinação, típica desse autor, da experimentação formal com o inconformismo social e político. Nesse mesmo ano, realizou um histórico happening no Jardim Zoológico de Lisboa: trancou-se numa jaula com uma tabuleta indicando "Homo sapiens". O acontecimento foi registrado no livro homónimo. Também em 1977, lançou o seu livro mais traduzido, Discurso Sobre o Filho-da-Puta, obra inclassificável que se avizinha do ensaio.

O caráter insurrecto e experimental da sua obra tornam Alberto Pimenta um autor controverso no meio académico.

 
Alberto Pimento no "Palácio dos Chipanzés" do Jardim Zoológico de Lisboa, em 1977.

Alberto Pimento no "Palácio dos Chipanzés" do Jardim Zoológico de Lisboa, em 1977.

Alberto Pimenta com Alexandre O’Neill, Eugénio de Andrade, Miguel Torga, Pedro Tamen, Vasco Graça Moura e outros, em 1977.

Alberto Pimenta com Alexandre O’Neill, Eugénio de Andrade, Miguel Torga, Pedro Tamen, Vasco Graça Moura e outros, em 1977.

Alberto Pimenta em “O Homem-Pykante...”, de Edgar Pêra, 2019.

Alberto Pimenta em “O Homem-Pykante...”, de Edgar Pêra, 2019.

 

Obras disponíveis