Eurípides
Eurípides foi um poeta trágico grego, do século V a.C., o mais jovem dos três grandes expoentes da tragédia grega clássica, que ressaltou nas suas obras as agitações da alma humana. Tratou dos problemas triviais da sociedade ateniense do seu tempo, com o intuito de moderar o homem nas suas ações, que se encontravam descontroladas e sem parâmetros, firmando-se naquela sociedade uma mudança de valores de tradições que atingiam directamente a forma de pensar e agir dos homens gregos.
Em termos dramatúrgicos Eurípedes adicionou o Prólogo à peça, no qual “situa a cena” (apresenta o que se vai passar). Criou também o deus ex machina que servia muitas vezes para finalizar uma peça.
Pouco se sabe da sua vida, mas julga-se ter sido austero e pouco sociável. Apaixonado pelo debate de ideias, as suas investigações e estudos trouxeram-lhe mais dúvidas do que certezas. Alguns críticos chamaram-no de "filósofo de teatro", mas não há certeza se Eurípedes, de facto, pertenceu a alguma escola filosófica, mas apenas a grupos de filosófos.
Ao longo da sua vida, Eurípides foi considerado quase um marginal e foi frequentemente satirizado nas comédias de Aristófanes. No final da vida, talvez desiludido com a natureza humana, viveu recluso rodeado de livros e morreu em 406 a.C., dois anos antes de Sófocles.