Yukio Mishima
Yukio Mishima, novelista e dramaturgo, pseudónimo de Kimitake Hiraoka, nasceu em Tóquio em 1925 e suicidou-se de forma mediática, a 25 de novembro de 1970, manifestando assim a sua discordância perante o abandono das tradições japonesas e a aceitação acrítica de modelos consumistas ocidentais.
O idealismo que enforma a sua obra e conduzirá a sua vida está enraizado no tradicionalismo militar e espiritual dos samurais, e a sua conceção da arte liga-se a um elevado culto da alma e do corpo.
Crítico contumaz da degradação do Japão moderno, permaneceu sempre em luta pela retomada dos valores clássicos do seu país, até cometer o suicídio, em 1970, depois de uma tentativa de golpe de estado, com discurso patriótico em que tentou persuadir os soldados do quartel de Tóquio a restituírem o poder ao Imperador.
A sua morte é emblemática de como, para si, a arte e vida não se separavam, tendo cometido o ritual japonês seppuku, que supõe-se ter preparado durante mais de um ano.
Mishima é um dos mais conhecidos escritores japoneses, várias vezes apontado como candidato ao Prémio Nobel da Literatura, e autor de obras inesquecíveis como Confissões de Uma Máscara (1948), O Templo Dourado (1956) ou O Marinheiro Que Perdeu as Graças do Mar (1963).