Não há grande tradição de ver o que escreve a mão de um poeta de agora. Há o autógrafo, mas esse é, na maioria das vezes, de circunstância ou de amizade. E o poema, como é o poema manuscrito? Foi isso que pedimos aos poetas que aqui apresentamos. E a quem, penhorados, agradecemos. A caligrafia é a voz de um poeta na ponta dos seus dedos. Na proximidade da sua mão, é a mão que escreve, e que nos permite ler, aquela que aqui oferecemos. Esperamos que a curiosidade vos leve onde queremos: aos poemas de cada um nos seus livros autónomos.

Mesmo que na letra que um computador mandou imprimir.