Eduardo Prado Coelho, a cuja memória prestamos homenagem com esta edição, é uma daquelas figuras da nossa cena intelectual recente – um panorama hoje praticamente desaparecido – a que melhor nos poderemos referir com recurso a alguns adjectivos, um modo gramatical a que ele próprio gostava de recorrer. Mas neste caso, a um tempo singular e plural, um adjectivo nunca pode vir só, traz sempre consigo outros, contrários e complementares. (…)

Tudo isto se aplica à sua relação, durante mais de um quarto de século, com as obras de Maria Gabriela Llansol, e com a própria autora. Também aqui deparamos com uma relação dupla, inesperada e ímpar.