Amores - Ovídio
Amores - Ovídio
Com os Amores, Ovídio inaugura a sua carreira de poeta do amor, que lhe granjeou fama e sucesso nos salões mundanos de Roma. Um título plural, porque em muitas leituras se desdobram estes poemas que celebram as relações entre sexos: quando os sentimentos parecem vir ao de cima e a espontaneidade é rainha, o erotismo é feito, ora de pura sensualidade, ora de contemplação e respeito, filhos do impulso e de emoções súbitas, ante o deslumbramento da beleza; é a fulguração dos sentidos, próxima do irracional. Mas há, também, um outro caminho, não menos insistente: uma densa rede de fingimentos, de traições, de ciladas, uma espécie de encruzilhadas sem fim, onde homem e mulher se divertem nas teias da sedução e do engano mútuos, onde homem e mulher se detêm a aprender e delinear ludicamente tácticas de perversão.
A tradução dos Amores continua o projecto de dar a conhecer, em português, a poesia ovidiana, iniciado com a Arte de Amar.