O Anjo do Desespero - Heiner Müller

10,00 €

«Os textos de Heiner Müller vibram de uma energia verbal em que a força obscura da palavra resulta de uma extrema lucidez: a estranheza (para quem lhe não conhece as fontes inesgotáveis) é o seu princípio, a metáfora o seu instrumento poético-político. Neste plano, Heiner Müller é afinal ¿antigo¿, produzindo, paradoxalmente, o que há de mais novo no teatro alemão: deixando que se manifeste a crueldade, o lado bárbaro e necessário, violento e autêntico das relações humanas na História (procurando retirar-lhe o filtro da racionalidade moderna e evitando toda a psicologia), tem de fazer corresponder a esses novos textos da crueldade um novo estilo, em que cada frase é como ¿a resistência de um amplificador, para o cérebro arrancar a frio¿ (Klaus Theweleit), a linguagem um material em devir, ¿um eterno gerúndio¿ (Helmut Krapp). Cada texto uma paciente caligrafia da morte, destruindo ilusões, trazendo à superfície o que se quer que seja, em cada momento, ¿a verdade, silenciosa e insuportável¿: é o programa ideal que Heiner Müller descobre entre os papéis da segunda mulher, Inge Müller, que se suicidou em 1966.»
Do Posfácio

Quantidade:
Adicionar ao carrinho

«Os textos de Heiner Müller vibram de uma energia verbal em que a força obscura da palavra resulta de uma extrema lucidez: a estranheza (para quem lhe não conhece as fontes inesgotáveis) é o seu princípio, a metáfora o seu instrumento poético-político. Neste plano, Heiner Müller é afinal ¿antigo¿, produzindo, paradoxalmente, o que há de mais novo no teatro alemão: deixando que se manifeste a crueldade, o lado bárbaro e necessário, violento e autêntico das relações humanas na História (procurando retirar-lhe o filtro da racionalidade moderna e evitando toda a psicologia), tem de fazer corresponder a esses novos textos da crueldade um novo estilo, em que cada frase é como ¿a resistência de um amplificador, para o cérebro arrancar a frio¿ (Klaus Theweleit), a linguagem um material em devir, ¿um eterno gerúndio¿ (Helmut Krapp). Cada texto uma paciente caligrafia da morte, destruindo ilusões, trazendo à superfície o que se quer que seja, em cada momento, ¿a verdade, silenciosa e insuportável¿: é o programa ideal que Heiner Müller descobre entre os papéis da segunda mulher, Inge Müller, que se suicidou em 1966.»
Do Posfácio

«Os textos de Heiner Müller vibram de uma energia verbal em que a força obscura da palavra resulta de uma extrema lucidez: a estranheza (para quem lhe não conhece as fontes inesgotáveis) é o seu princípio, a metáfora o seu instrumento poético-político. Neste plano, Heiner Müller é afinal ¿antigo¿, produzindo, paradoxalmente, o que há de mais novo no teatro alemão: deixando que se manifeste a crueldade, o lado bárbaro e necessário, violento e autêntico das relações humanas na História (procurando retirar-lhe o filtro da racionalidade moderna e evitando toda a psicologia), tem de fazer corresponder a esses novos textos da crueldade um novo estilo, em que cada frase é como ¿a resistência de um amplificador, para o cérebro arrancar a frio¿ (Klaus Theweleit), a linguagem um material em devir, ¿um eterno gerúndio¿ (Helmut Krapp). Cada texto uma paciente caligrafia da morte, destruindo ilusões, trazendo à superfície o que se quer que seja, em cada momento, ¿a verdade, silenciosa e insuportável¿: é o programa ideal que Heiner Müller descobre entre os papéis da segunda mulher, Inge Müller, que se suicidou em 1966.»
Do Posfácio