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Poesia Peças Escolhidas, Volume 3 — Carlo Goldoni
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Peças Escolhidas, Volume 3 — Carlo Goldoni

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As três peças que aqui revêm a luz são de facto extraordinárias. As manias da vilegiatura, a mais próxima talvez porque o mundo das férias se tornou, para nós, consumidores porventura mais que cidadãos, uma obsessão, supostamente um outro relaxante do trabalho mas que, como na peça, se vem paulatinamente transformando no que contamina toda a vida contemporânea de uma imposição a todo o tempo e em todo o terreno das práticas aquisitivas. A ditadura do consumo espreita já nestas Manias de um modo que carreia também perspicácia psicológica na definição das personagens. Estão vivas e aqui connosco.

Uma das últimas noites de Carnaval, escrita em dialecto veneziano, é o adeus à pátria antes da partida para Paris, numa viagem que, ao contrário do que sugere a alegoria da peça, não terá regresso. Goldoni parte em 1762, a convite dos comediantes italianos, aí instalados há muito, decidido a encontrar uma fórmula que pudesse "agradar às duas nações". O reformador do teatro de máscaras estará, a partir daí, condenado a ceder ao gosto dos homens da dell’arte para os quais escreve canovacci que hesitam entre o italiano e um francês que não domina por completo (O anel mágico, por exemplo). No entanto, a promessa que deixa em Uma das últimas noites de Carnaval irá ser cumprida e, pouco depois da sua chegada a Paris, enviará para Veneza O leque.

Diz Luigi Lunari, o teórico, dramaturgista, dramaturgo e tradutor que acompanhou o percurso goldoniano de Strehler — o mais eminente encenador contemporâneo de Goldoni — a propósito de O leque, na introdução à edição da Rizzoli de 1980: "Goldoni renuncia à sua própria experiência de reformador para construir uma comédia toda feita de objectos, de acções, de didascálias, de apartes, de tal forma que — subordinadas ao mecanismo — as personagens não tenham mais o tempo nem a necessidade de falar, nem necessitem mais de um aprofundamento psicológico e sociológico."
(Fernando Mora Ramos: Prefácio)

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As três peças que aqui revêm a luz são de facto extraordinárias. As manias da vilegiatura, a mais próxima talvez porque o mundo das férias se tornou, para nós, consumidores porventura mais que cidadãos, uma obsessão, supostamente um outro relaxante do trabalho mas que, como na peça, se vem paulatinamente transformando no que contamina toda a vida contemporânea de uma imposição a todo o tempo e em todo o terreno das práticas aquisitivas. A ditadura do consumo espreita já nestas Manias de um modo que carreia também perspicácia psicológica na definição das personagens. Estão vivas e aqui connosco.

Uma das últimas noites de Carnaval, escrita em dialecto veneziano, é o adeus à pátria antes da partida para Paris, numa viagem que, ao contrário do que sugere a alegoria da peça, não terá regresso. Goldoni parte em 1762, a convite dos comediantes italianos, aí instalados há muito, decidido a encontrar uma fórmula que pudesse "agradar às duas nações". O reformador do teatro de máscaras estará, a partir daí, condenado a ceder ao gosto dos homens da dell’arte para os quais escreve canovacci que hesitam entre o italiano e um francês que não domina por completo (O anel mágico, por exemplo). No entanto, a promessa que deixa em Uma das últimas noites de Carnaval irá ser cumprida e, pouco depois da sua chegada a Paris, enviará para Veneza O leque.

Diz Luigi Lunari, o teórico, dramaturgista, dramaturgo e tradutor que acompanhou o percurso goldoniano de Strehler — o mais eminente encenador contemporâneo de Goldoni — a propósito de O leque, na introdução à edição da Rizzoli de 1980: "Goldoni renuncia à sua própria experiência de reformador para construir uma comédia toda feita de objectos, de acções, de didascálias, de apartes, de tal forma que — subordinadas ao mecanismo — as personagens não tenham mais o tempo nem a necessidade de falar, nem necessitem mais de um aprofundamento psicológico e sociológico."
(Fernando Mora Ramos: Prefácio)

As três peças que aqui revêm a luz são de facto extraordinárias. As manias da vilegiatura, a mais próxima talvez porque o mundo das férias se tornou, para nós, consumidores porventura mais que cidadãos, uma obsessão, supostamente um outro relaxante do trabalho mas que, como na peça, se vem paulatinamente transformando no que contamina toda a vida contemporânea de uma imposição a todo o tempo e em todo o terreno das práticas aquisitivas. A ditadura do consumo espreita já nestas Manias de um modo que carreia também perspicácia psicológica na definição das personagens. Estão vivas e aqui connosco.

Uma das últimas noites de Carnaval, escrita em dialecto veneziano, é o adeus à pátria antes da partida para Paris, numa viagem que, ao contrário do que sugere a alegoria da peça, não terá regresso. Goldoni parte em 1762, a convite dos comediantes italianos, aí instalados há muito, decidido a encontrar uma fórmula que pudesse "agradar às duas nações". O reformador do teatro de máscaras estará, a partir daí, condenado a ceder ao gosto dos homens da dell’arte para os quais escreve canovacci que hesitam entre o italiano e um francês que não domina por completo (O anel mágico, por exemplo). No entanto, a promessa que deixa em Uma das últimas noites de Carnaval irá ser cumprida e, pouco depois da sua chegada a Paris, enviará para Veneza O leque.

Diz Luigi Lunari, o teórico, dramaturgista, dramaturgo e tradutor que acompanhou o percurso goldoniano de Strehler — o mais eminente encenador contemporâneo de Goldoni — a propósito de O leque, na introdução à edição da Rizzoli de 1980: "Goldoni renuncia à sua própria experiência de reformador para construir uma comédia toda feita de objectos, de acções, de didascálias, de apartes, de tal forma que — subordinadas ao mecanismo — as personagens não tenham mais o tempo nem a necessidade de falar, nem necessitem mais de um aprofundamento psicológico e sociológico."
(Fernando Mora Ramos: Prefácio)

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Peças Escolhidas, Volume 2 - Carlo Goldoni
20,00 €
Esgotado

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