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Poesia Presa Comum - Frederico Pedreira
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Presa Comum - Frederico Pedreira

€14.00

2.

Retorna o homem passageiro,

restando eficaz em tardes afeitas

nas pontas dos dedos: não me tragam

ferros‑velhos, poeiras difíceis de montar,

porcelanas riscadas arrastando a doença

grave, lenta como certas serenidades.

De corpo transido, másculo,

pouco se mostra ou consegue arranjar.

Pega a centelha morna, se ainda te apraz.

Corpo afinal tão torcido, como se este grito

fosse só meu, como quem afinal sempre riu,

não este chapinhar na poça deserta.

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2.

Retorna o homem passageiro,

restando eficaz em tardes afeitas

nas pontas dos dedos: não me tragam

ferros‑velhos, poeiras difíceis de montar,

porcelanas riscadas arrastando a doença

grave, lenta como certas serenidades.

De corpo transido, másculo,

pouco se mostra ou consegue arranjar.

Pega a centelha morna, se ainda te apraz.

Corpo afinal tão torcido, como se este grito

fosse só meu, como quem afinal sempre riu,

não este chapinhar na poça deserta.

2.

Retorna o homem passageiro,

restando eficaz em tardes afeitas

nas pontas dos dedos: não me tragam

ferros‑velhos, poeiras difíceis de montar,

porcelanas riscadas arrastando a doença

grave, lenta como certas serenidades.

De corpo transido, másculo,

pouco se mostra ou consegue arranjar.

Pega a centelha morna, se ainda te apraz.

Corpo afinal tão torcido, como se este grito

fosse só meu, como quem afinal sempre riu,

não este chapinhar na poça deserta.

Livraria Poetria
Rua Sá de Noronha, 115
4050-526 Porto, Portugal

Horário: seg-sáb 10h—13h / 14h—18h
Schedule: mon-fri 10h—13h / 14h—18h

Tel/Phone: 22 202 3071
Contacto apenas mensagem escrita / Only text — 928 129 119

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