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Todas as Artes A Lenda de São Julião o Hospitaleiro de Flaubert - Amadeo de Souza-Cardoso
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A Lenda de São Julião o Hospitaleiro de Flaubert - Amadeo de Souza-Cardoso

40,00 €

O que é que viu Amadeo na Légende? Viu a vertigem da caça, das aves de rapina, do cavalo e do cavaleiro, da floresta, dos lobos e dos castores, do animal em nós, a atracção pela viagem e pelas armas de guerra (o machado, a espada, a lança, o maço), pelos emblemas, pelos brasões; o horror do incesto, porém, é sobretudo segregado pela cópia secreta e belíssima do texto de Flaubert. Trata-se de uma ilustração em que a cópia se eleva a elemento expressivo pelo desenho das letras, pelos ornamentos que as emolduram, pela plenitude cromática, sem interpretação mimética dos episódios da história, sem extracção de uma metafísica do mal. Amadeo reconduz o texto à maravilha isenta de comentário, não cede à tentação de prolongar os excessos tão bem medidos, e por isso tanto mais terríveis, do conto que tão longe está da lenda medieval. Em um, Flaubert, o estilo da velhice, a formosura sem mácula daquilo a que Hermann Broch chama abstracção, na qual «a linguagem desvela os seus próprios segredos». No outro, Amadeo, as primícias de um estilo daquele que irá descobrir que cada vez mais sabe menos quem é, daquele que reconhece as emoções como a condição de toda a arte, ao mesmo tempo que se abstém de lhes dar livre curso. E aqui incrusta-se indubitavelmente uma interrogação: quem é Amadeo?

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O que é que viu Amadeo na Légende? Viu a vertigem da caça, das aves de rapina, do cavalo e do cavaleiro, da floresta, dos lobos e dos castores, do animal em nós, a atracção pela viagem e pelas armas de guerra (o machado, a espada, a lança, o maço), pelos emblemas, pelos brasões; o horror do incesto, porém, é sobretudo segregado pela cópia secreta e belíssima do texto de Flaubert. Trata-se de uma ilustração em que a cópia se eleva a elemento expressivo pelo desenho das letras, pelos ornamentos que as emolduram, pela plenitude cromática, sem interpretação mimética dos episódios da história, sem extracção de uma metafísica do mal. Amadeo reconduz o texto à maravilha isenta de comentário, não cede à tentação de prolongar os excessos tão bem medidos, e por isso tanto mais terríveis, do conto que tão longe está da lenda medieval. Em um, Flaubert, o estilo da velhice, a formosura sem mácula daquilo a que Hermann Broch chama abstracção, na qual «a linguagem desvela os seus próprios segredos». No outro, Amadeo, as primícias de um estilo daquele que irá descobrir que cada vez mais sabe menos quem é, daquele que reconhece as emoções como a condição de toda a arte, ao mesmo tempo que se abstém de lhes dar livre curso. E aqui incrusta-se indubitavelmente uma interrogação: quem é Amadeo?

O que é que viu Amadeo na Légende? Viu a vertigem da caça, das aves de rapina, do cavalo e do cavaleiro, da floresta, dos lobos e dos castores, do animal em nós, a atracção pela viagem e pelas armas de guerra (o machado, a espada, a lança, o maço), pelos emblemas, pelos brasões; o horror do incesto, porém, é sobretudo segregado pela cópia secreta e belíssima do texto de Flaubert. Trata-se de uma ilustração em que a cópia se eleva a elemento expressivo pelo desenho das letras, pelos ornamentos que as emolduram, pela plenitude cromática, sem interpretação mimética dos episódios da história, sem extracção de uma metafísica do mal. Amadeo reconduz o texto à maravilha isenta de comentário, não cede à tentação de prolongar os excessos tão bem medidos, e por isso tanto mais terríveis, do conto que tão longe está da lenda medieval. Em um, Flaubert, o estilo da velhice, a formosura sem mácula daquilo a que Hermann Broch chama abstracção, na qual «a linguagem desvela os seus próprios segredos». No outro, Amadeo, as primícias de um estilo daquele que irá descobrir que cada vez mais sabe menos quem é, daquele que reconhece as emoções como a condição de toda a arte, ao mesmo tempo que se abstém de lhes dar livre curso. E aqui incrusta-se indubitavelmente uma interrogação: quem é Amadeo?

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