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Todas as Artes Fulgorizações: Espaço edénico, realidade e fantástico na Obra de Maria Gabriela Llansol - João Maria Mendes
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Fulgorizações: Espaço edénico, realidade e fantástico na Obra de Maria Gabriela Llansol - João Maria Mendes

12,00 €

De que me ocupo neste escrito? Num primeiro momento revisito a genealogia da Obra da autora e descrevo-a como sensacionista/intuicionista, sempre confrontada com a memória e a cultura acumuladas na «Casa da Sabedoria». Num segundo momento recordo o que a levou a afastar-se da narratividade dependente da verosimilhança e a adoptar uma textualidade transgressiva, vinda da teoria do texto barthesiana. Este momento inclui uma proposta de revisão do diferendo entre narratividade e textualidade à luz da coalescência das três ordens de realidade tal como descritas por Paul Watzlawick, e do seu rebatimento na criação literária. Um terceiro momento é uma reflexão sobre algumas ideias-fortes do glossário llansoliano, entre elas a de espaço edénico, talvez a sua mais desafiante proposta, cuja definição se articula com as de cena fulgor, eterno retorno do mútuo, figura, linhagem. A este respeito direi depois que a obra da autora se desenvolve paredes-meias com um evangelho pós-testamentário, uma escritura imanentista e agnóstica, suscitadora de uma Vita Nuova. Num quarto momento defendo que a obra llansoliana explora quatro registos de fantástico e herda de um maravilhoso verdadeiro neo-renascentista que são, nela, idiossincráticos geradores de texto. Finalmente, num quinto momento, aproximo a composição oficinal dos seus textos e o trabalho do sonho tal como Freud os descreveu em A Interpretação dos Sonhos, de 1900. No fim acrescentei ao texto dois excursus que o complementam. Se me perguntassem de que se ocupa este escrito, diria que são estes os núcleos que fundamentalmente o estruturam. Mas bem sei que qualquer leitura pode descentrar/recentrar um escrito, em função do(s) interesse(s) de cada leitor.

Peço desculpa por aqui tratar a Maria Gabriela Llansol e o Augusto Maria da Conceição Joaquim por Gabi e Augusto, como sempre os tratei. Poderia adoptar um tratamento mais distanciado – por vezes eles próprios, por conveniência de autora e comentador, o fizeram um com o outro. Mas isso apenas mascararia a proximidade que me liga a eles, que já cá não estão, sem benefício para ninguém. Tratá-los como sempre os tratei distancia esta digressão do protocolo académico e oferece-lhe um tom mais pessoal. Ela vai, por isso, quase despojada de notas de rodapé e sem aparelho crítico; até a sua bibliografia final é apenas uma sumária sinalização. Agora longe de jornais e de ensino, lido, noutra duração do tempo, com dívidas antigas, e uma delas é para com eles, que conheci em Campo de Ourique em 1964, depois em Lovaina de 1969 a 1975 e mais tarde em Sintra, na era do regresso dos «estrangeirados» ou «afrancesados» que fomos ao país de origem.

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De que me ocupo neste escrito? Num primeiro momento revisito a genealogia da Obra da autora e descrevo-a como sensacionista/intuicionista, sempre confrontada com a memória e a cultura acumuladas na «Casa da Sabedoria». Num segundo momento recordo o que a levou a afastar-se da narratividade dependente da verosimilhança e a adoptar uma textualidade transgressiva, vinda da teoria do texto barthesiana. Este momento inclui uma proposta de revisão do diferendo entre narratividade e textualidade à luz da coalescência das três ordens de realidade tal como descritas por Paul Watzlawick, e do seu rebatimento na criação literária. Um terceiro momento é uma reflexão sobre algumas ideias-fortes do glossário llansoliano, entre elas a de espaço edénico, talvez a sua mais desafiante proposta, cuja definição se articula com as de cena fulgor, eterno retorno do mútuo, figura, linhagem. A este respeito direi depois que a obra da autora se desenvolve paredes-meias com um evangelho pós-testamentário, uma escritura imanentista e agnóstica, suscitadora de uma Vita Nuova. Num quarto momento defendo que a obra llansoliana explora quatro registos de fantástico e herda de um maravilhoso verdadeiro neo-renascentista que são, nela, idiossincráticos geradores de texto. Finalmente, num quinto momento, aproximo a composição oficinal dos seus textos e o trabalho do sonho tal como Freud os descreveu em A Interpretação dos Sonhos, de 1900. No fim acrescentei ao texto dois excursus que o complementam. Se me perguntassem de que se ocupa este escrito, diria que são estes os núcleos que fundamentalmente o estruturam. Mas bem sei que qualquer leitura pode descentrar/recentrar um escrito, em função do(s) interesse(s) de cada leitor.

Peço desculpa por aqui tratar a Maria Gabriela Llansol e o Augusto Maria da Conceição Joaquim por Gabi e Augusto, como sempre os tratei. Poderia adoptar um tratamento mais distanciado – por vezes eles próprios, por conveniência de autora e comentador, o fizeram um com o outro. Mas isso apenas mascararia a proximidade que me liga a eles, que já cá não estão, sem benefício para ninguém. Tratá-los como sempre os tratei distancia esta digressão do protocolo académico e oferece-lhe um tom mais pessoal. Ela vai, por isso, quase despojada de notas de rodapé e sem aparelho crítico; até a sua bibliografia final é apenas uma sumária sinalização. Agora longe de jornais e de ensino, lido, noutra duração do tempo, com dívidas antigas, e uma delas é para com eles, que conheci em Campo de Ourique em 1964, depois em Lovaina de 1969 a 1975 e mais tarde em Sintra, na era do regresso dos «estrangeirados» ou «afrancesados» que fomos ao país de origem.

De que me ocupo neste escrito? Num primeiro momento revisito a genealogia da Obra da autora e descrevo-a como sensacionista/intuicionista, sempre confrontada com a memória e a cultura acumuladas na «Casa da Sabedoria». Num segundo momento recordo o que a levou a afastar-se da narratividade dependente da verosimilhança e a adoptar uma textualidade transgressiva, vinda da teoria do texto barthesiana. Este momento inclui uma proposta de revisão do diferendo entre narratividade e textualidade à luz da coalescência das três ordens de realidade tal como descritas por Paul Watzlawick, e do seu rebatimento na criação literária. Um terceiro momento é uma reflexão sobre algumas ideias-fortes do glossário llansoliano, entre elas a de espaço edénico, talvez a sua mais desafiante proposta, cuja definição se articula com as de cena fulgor, eterno retorno do mútuo, figura, linhagem. A este respeito direi depois que a obra da autora se desenvolve paredes-meias com um evangelho pós-testamentário, uma escritura imanentista e agnóstica, suscitadora de uma Vita Nuova. Num quarto momento defendo que a obra llansoliana explora quatro registos de fantástico e herda de um maravilhoso verdadeiro neo-renascentista que são, nela, idiossincráticos geradores de texto. Finalmente, num quinto momento, aproximo a composição oficinal dos seus textos e o trabalho do sonho tal como Freud os descreveu em A Interpretação dos Sonhos, de 1900. No fim acrescentei ao texto dois excursus que o complementam. Se me perguntassem de que se ocupa este escrito, diria que são estes os núcleos que fundamentalmente o estruturam. Mas bem sei que qualquer leitura pode descentrar/recentrar um escrito, em função do(s) interesse(s) de cada leitor.

Peço desculpa por aqui tratar a Maria Gabriela Llansol e o Augusto Maria da Conceição Joaquim por Gabi e Augusto, como sempre os tratei. Poderia adoptar um tratamento mais distanciado – por vezes eles próprios, por conveniência de autora e comentador, o fizeram um com o outro. Mas isso apenas mascararia a proximidade que me liga a eles, que já cá não estão, sem benefício para ninguém. Tratá-los como sempre os tratei distancia esta digressão do protocolo académico e oferece-lhe um tom mais pessoal. Ela vai, por isso, quase despojada de notas de rodapé e sem aparelho crítico; até a sua bibliografia final é apenas uma sumária sinalização. Agora longe de jornais e de ensino, lido, noutra duração do tempo, com dívidas antigas, e uma delas é para com eles, que conheci em Campo de Ourique em 1964, depois em Lovaina de 1969 a 1975 e mais tarde em Sintra, na era do regresso dos «estrangeirados» ou «afrancesados» que fomos ao país de origem.

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