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Todas as Artes O Castelo do Homem Ancorado - Joris-Karl Huysmans
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O Castelo do Homem Ancorado - Joris-Karl Huysmans

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Solteiro, misógino, com um azedume que lhe chegava das rotinas de manga-de-alpaca no Ministério do Interior, assim foi sentido Joris-Karl Huysmans nos seus trinta e três anos de vida literária. Muito afamado na prosa, houve muito perto dela a legenda de uma audácia com que entreteve à mesa dos cafés de Montmartre um discurso onde se cruzavam as ironias e as frustrações do celibatário. No seu Livre des Masques, Rémy de Gourmont regista-o numa dessas cavaqueiras: «Inventava as metáforas mais atrevidas para traduzir experiências e preocupações sexuais, e as mais sujas também. São castos os seus livros, se os compararmos com as conversas que ele animava.» Na literatura, onde deixou o seu nome flamengo semi-inventado (o verdadeiro era Charles Marie Georges Huysmans [Paris, 5 de Fevereiro de 1848-Paris, 12 de Maio de 1907]) bebido numa ilustre cepa de pintores da Flandres, foi exemplo de um notável domínio da palavra. E com essa frase «pintada», que pretendeu sentir como metamorfose em escrita da pincelada flamenga, pretendeu terçar armas pelo «naturalismo» — quase uma obrigação, um preço exigido pela sua convivência apertada com Émile Zola. […] Em 1887, com um intervalo de poucos meses publicava Un Dilemme, novela nada menos do que fuliginosa, e este En Rade (que à letra significa apenas «ancorado» mas o título português complica, por razões estéticas e comerciais, chamando-lhe O Castelo do Homem Ancorado). A sua inspiração ainda vagueia numa fronteira que não se declara aberta ao satanismo, mas é nitidamente banhada pelos seus reflexos. [...] O Castelo do Homem Ancorado é, no entanto, um estranho casamento. Faz a sombra de um cenário gótico entender-se à força com uma anedota naturalista de tédio urbano. O habitual discurso celibatário do autor corre agora por sonhos com um traçado baudelaireano, interroga-se com angustiada nevrose sobre as naturezas do mundo onírico. [Aníbal Fernandes]

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Solteiro, misógino, com um azedume que lhe chegava das rotinas de manga-de-alpaca no Ministério do Interior, assim foi sentido Joris-Karl Huysmans nos seus trinta e três anos de vida literária. Muito afamado na prosa, houve muito perto dela a legenda de uma audácia com que entreteve à mesa dos cafés de Montmartre um discurso onde se cruzavam as ironias e as frustrações do celibatário. No seu Livre des Masques, Rémy de Gourmont regista-o numa dessas cavaqueiras: «Inventava as metáforas mais atrevidas para traduzir experiências e preocupações sexuais, e as mais sujas também. São castos os seus livros, se os compararmos com as conversas que ele animava.» Na literatura, onde deixou o seu nome flamengo semi-inventado (o verdadeiro era Charles Marie Georges Huysmans [Paris, 5 de Fevereiro de 1848-Paris, 12 de Maio de 1907]) bebido numa ilustre cepa de pintores da Flandres, foi exemplo de um notável domínio da palavra. E com essa frase «pintada», que pretendeu sentir como metamorfose em escrita da pincelada flamenga, pretendeu terçar armas pelo «naturalismo» — quase uma obrigação, um preço exigido pela sua convivência apertada com Émile Zola. […] Em 1887, com um intervalo de poucos meses publicava Un Dilemme, novela nada menos do que fuliginosa, e este En Rade (que à letra significa apenas «ancorado» mas o título português complica, por razões estéticas e comerciais, chamando-lhe O Castelo do Homem Ancorado). A sua inspiração ainda vagueia numa fronteira que não se declara aberta ao satanismo, mas é nitidamente banhada pelos seus reflexos. [...] O Castelo do Homem Ancorado é, no entanto, um estranho casamento. Faz a sombra de um cenário gótico entender-se à força com uma anedota naturalista de tédio urbano. O habitual discurso celibatário do autor corre agora por sonhos com um traçado baudelaireano, interroga-se com angustiada nevrose sobre as naturezas do mundo onírico. [Aníbal Fernandes]

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Solteiro, misógino, com um azedume que lhe chegava das rotinas de manga-de-alpaca no Ministério do Interior, assim foi sentido Joris-Karl Huysmans nos seus trinta e três anos de vida literária. Muito afamado na prosa, houve muito perto dela a legenda de uma audácia com que entreteve à mesa dos cafés de Montmartre um discurso onde se cruzavam as ironias e as frustrações do celibatário. No seu Livre des Masques, Rémy de Gourmont regista-o numa dessas cavaqueiras: «Inventava as metáforas mais atrevidas para traduzir experiências e preocupações sexuais, e as mais sujas também. São castos os seus livros, se os compararmos com as conversas que ele animava.» Na literatura, onde deixou o seu nome flamengo semi-inventado (o verdadeiro era Charles Marie Georges Huysmans [Paris, 5 de Fevereiro de 1848-Paris, 12 de Maio de 1907]) bebido numa ilustre cepa de pintores da Flandres, foi exemplo de um notável domínio da palavra. E com essa frase «pintada», que pretendeu sentir como metamorfose em escrita da pincelada flamenga, pretendeu terçar armas pelo «naturalismo» — quase uma obrigação, um preço exigido pela sua convivência apertada com Émile Zola. […] Em 1887, com um intervalo de poucos meses publicava Un Dilemme, novela nada menos do que fuliginosa, e este En Rade (que à letra significa apenas «ancorado» mas o título português complica, por razões estéticas e comerciais, chamando-lhe O Castelo do Homem Ancorado). A sua inspiração ainda vagueia numa fronteira que não se declara aberta ao satanismo, mas é nitidamente banhada pelos seus reflexos. [...] O Castelo do Homem Ancorado é, no entanto, um estranho casamento. Faz a sombra de um cenário gótico entender-se à força com uma anedota naturalista de tédio urbano. O habitual discurso celibatário do autor corre agora por sonhos com um traçado baudelaireano, interroga-se com angustiada nevrose sobre as naturezas do mundo onírico. [Aníbal Fernandes]

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