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Todas as Artes O Estranho Animal de Vaccarés - Joseph d'Arbaud
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O Estranho Animal de Vaccarés - Joseph d'Arbaud

12,00 €
As palavras de O Estranho Animal do Vaccarès nunca associam a sua criatura nominalmente a Pã, embora tudo façam para nos lembrarmos dele: descrevem-na com a sua forma caprina, dão-lhe uma flauta que encanta os animais; mas deslocam- no para a Camarga medieval e mostram-no ali com uma velhice de deus decrépito e fora de época, nostalgicamente anulado no seu poder e destinado à morte de todos os deuses quando o progresso cultural dos homens os destrói para encontrar outros adaptados à sua necessidade de fé, mas compatíveis com o avanço da sua cultura e do seu progresso civilizacional. […] No canto selvagem de D’Arbaud, esta Camarga de silêncios, de animais e deuses é o cenário adequado ao envelhecimento de um grande mito, para as infinitas águas e as lonjuras de que não vemos nenhum fim, para um calor que abrasa, para caminhos de sonho, para águas que cintilam. E o seu animal de poesia e lenda — saído de uma elegia pânica que o faz aparecer e desaparecer sem sabermos de onde veio e para onde vai partir, talvez expulso de velhos países com uma religião morta que já não o abriga nem reconhece — escolhe uma terra que ainda não perdeu o seu travo primitivo, onde o seu resto de deus talvez possa viver e confundir-se com ela. Mas tudo isto — mesmo no século XV desta história — não passa de uma ilusão. Esta Camarga de cavalos e touros que um Pã envelhecido ainda seduz com a sua flauta, nega-se à sua pretendida e desesperada extensão de vida; esta Camarga de lama, húmus e areia só consegue oferecer-se como cenário do seu fim. D’Arbaud chegou ao Estranho Animal do Vaccarès depois de ele próprio procurar, como o seu fauno, uma possibilidade de vida fantástica na Camarga de irreal atmosfera, com auroras, noites, sombra adormecida, e arrepio de folhas no silêncio, como ficou descrita num dos seus poemas. [Aníbal Fernandes]
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As palavras de O Estranho Animal do Vaccarès nunca associam a sua criatura nominalmente a Pã, embora tudo façam para nos lembrarmos dele: descrevem-na com a sua forma caprina, dão-lhe uma flauta que encanta os animais; mas deslocam- no para a Camarga medieval e mostram-no ali com uma velhice de deus decrépito e fora de época, nostalgicamente anulado no seu poder e destinado à morte de todos os deuses quando o progresso cultural dos homens os destrói para encontrar outros adaptados à sua necessidade de fé, mas compatíveis com o avanço da sua cultura e do seu progresso civilizacional. […] No canto selvagem de D’Arbaud, esta Camarga de silêncios, de animais e deuses é o cenário adequado ao envelhecimento de um grande mito, para as infinitas águas e as lonjuras de que não vemos nenhum fim, para um calor que abrasa, para caminhos de sonho, para águas que cintilam. E o seu animal de poesia e lenda — saído de uma elegia pânica que o faz aparecer e desaparecer sem sabermos de onde veio e para onde vai partir, talvez expulso de velhos países com uma religião morta que já não o abriga nem reconhece — escolhe uma terra que ainda não perdeu o seu travo primitivo, onde o seu resto de deus talvez possa viver e confundir-se com ela. Mas tudo isto — mesmo no século XV desta história — não passa de uma ilusão. Esta Camarga de cavalos e touros que um Pã envelhecido ainda seduz com a sua flauta, nega-se à sua pretendida e desesperada extensão de vida; esta Camarga de lama, húmus e areia só consegue oferecer-se como cenário do seu fim. D’Arbaud chegou ao Estranho Animal do Vaccarès depois de ele próprio procurar, como o seu fauno, uma possibilidade de vida fantástica na Camarga de irreal atmosfera, com auroras, noites, sombra adormecida, e arrepio de folhas no silêncio, como ficou descrita num dos seus poemas. [Aníbal Fernandes]
As palavras de O Estranho Animal do Vaccarès nunca associam a sua criatura nominalmente a Pã, embora tudo façam para nos lembrarmos dele: descrevem-na com a sua forma caprina, dão-lhe uma flauta que encanta os animais; mas deslocam- no para a Camarga medieval e mostram-no ali com uma velhice de deus decrépito e fora de época, nostalgicamente anulado no seu poder e destinado à morte de todos os deuses quando o progresso cultural dos homens os destrói para encontrar outros adaptados à sua necessidade de fé, mas compatíveis com o avanço da sua cultura e do seu progresso civilizacional. […] No canto selvagem de D’Arbaud, esta Camarga de silêncios, de animais e deuses é o cenário adequado ao envelhecimento de um grande mito, para as infinitas águas e as lonjuras de que não vemos nenhum fim, para um calor que abrasa, para caminhos de sonho, para águas que cintilam. E o seu animal de poesia e lenda — saído de uma elegia pânica que o faz aparecer e desaparecer sem sabermos de onde veio e para onde vai partir, talvez expulso de velhos países com uma religião morta que já não o abriga nem reconhece — escolhe uma terra que ainda não perdeu o seu travo primitivo, onde o seu resto de deus talvez possa viver e confundir-se com ela. Mas tudo isto — mesmo no século XV desta história — não passa de uma ilusão. Esta Camarga de cavalos e touros que um Pã envelhecido ainda seduz com a sua flauta, nega-se à sua pretendida e desesperada extensão de vida; esta Camarga de lama, húmus e areia só consegue oferecer-se como cenário do seu fim. D’Arbaud chegou ao Estranho Animal do Vaccarès depois de ele próprio procurar, como o seu fauno, uma possibilidade de vida fantástica na Camarga de irreal atmosfera, com auroras, noites, sombra adormecida, e arrepio de folhas no silêncio, como ficou descrita num dos seus poemas. [Aníbal Fernandes]

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