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Todas as Artes Sandro Botticelli – o Nascimento de Vénus e a Primavera - Aby Warburg
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Sandro Botticelli – o Nascimento de Vénus e a Primavera - Aby Warburg

14,00 €

O desafio de Warburg reconhece-se no modo como constrói uma inédita proposta interpretativa, perseguindo o fio e a meada das relações existentes entre as obras e as fontes literárias e artísticas da Antiguidade (Ovídio, Claudiano, um krater, um fragmento da arte tumular romana, entre outras), as artes, poética e figurativa, do Renascimento (Poliziano, Agostino di Duccio, Donatello), temas que são objecto de elaboração teórica (a representação do movimento, como Alberti recomenda) e, ainda, aspectos da vida coeva às obras, numa importante alusão a Burckhardt, quando narra o episódio de Simonetta Vespucci e Juliano de Médici. À semelhança do que acontece com a Giostra de Poliziano, que simultaneamente celebra o torneio de 1475 e recupera referentes Antigos, também o retrato de Simonetta é idealizado como sendo o de uma ninfa, em parte Antiga em parte Renascentista. Estas distintas relações convergem nas obras de Botticelli configurando-as como campos de materiais heterogéneos e tempos anacrónicos, como objectos particularmente contraditórios. Com efeito, a Warburg não escapa a tensão ínsita na contraposição entre a impassibilidade do rosto de Vénus e, por outro lado, a desordenada agitação dos seus cabelos e da paisagem, nem o deslocamento que ocorre entre um sarcófago Antigo e a pintura, transformação do pathos de uma lamentação fúnebre em pathos erótico. Para Warburg, é através destes movimentos que se manifesta o influxo do paganismo na arte do Renascimento, nos antípodas da «sossegada beleza» de Winckelmann. Às representações apaziguadas da história, Warburg contrapõe uma genealogia de temas, motivos e formas, atenta à sua fundamental abertura e contradições, na linha da investigação filológica e crítica de Nietzsche, leitura que marcou decisivamente a sua juventude. ABY WARBURG (1866-1929).

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O desafio de Warburg reconhece-se no modo como constrói uma inédita proposta interpretativa, perseguindo o fio e a meada das relações existentes entre as obras e as fontes literárias e artísticas da Antiguidade (Ovídio, Claudiano, um krater, um fragmento da arte tumular romana, entre outras), as artes, poética e figurativa, do Renascimento (Poliziano, Agostino di Duccio, Donatello), temas que são objecto de elaboração teórica (a representação do movimento, como Alberti recomenda) e, ainda, aspectos da vida coeva às obras, numa importante alusão a Burckhardt, quando narra o episódio de Simonetta Vespucci e Juliano de Médici. À semelhança do que acontece com a Giostra de Poliziano, que simultaneamente celebra o torneio de 1475 e recupera referentes Antigos, também o retrato de Simonetta é idealizado como sendo o de uma ninfa, em parte Antiga em parte Renascentista. Estas distintas relações convergem nas obras de Botticelli configurando-as como campos de materiais heterogéneos e tempos anacrónicos, como objectos particularmente contraditórios. Com efeito, a Warburg não escapa a tensão ínsita na contraposição entre a impassibilidade do rosto de Vénus e, por outro lado, a desordenada agitação dos seus cabelos e da paisagem, nem o deslocamento que ocorre entre um sarcófago Antigo e a pintura, transformação do pathos de uma lamentação fúnebre em pathos erótico. Para Warburg, é através destes movimentos que se manifesta o influxo do paganismo na arte do Renascimento, nos antípodas da «sossegada beleza» de Winckelmann. Às representações apaziguadas da história, Warburg contrapõe uma genealogia de temas, motivos e formas, atenta à sua fundamental abertura e contradições, na linha da investigação filológica e crítica de Nietzsche, leitura que marcou decisivamente a sua juventude. ABY WARBURG (1866-1929).

O desafio de Warburg reconhece-se no modo como constrói uma inédita proposta interpretativa, perseguindo o fio e a meada das relações existentes entre as obras e as fontes literárias e artísticas da Antiguidade (Ovídio, Claudiano, um krater, um fragmento da arte tumular romana, entre outras), as artes, poética e figurativa, do Renascimento (Poliziano, Agostino di Duccio, Donatello), temas que são objecto de elaboração teórica (a representação do movimento, como Alberti recomenda) e, ainda, aspectos da vida coeva às obras, numa importante alusão a Burckhardt, quando narra o episódio de Simonetta Vespucci e Juliano de Médici. À semelhança do que acontece com a Giostra de Poliziano, que simultaneamente celebra o torneio de 1475 e recupera referentes Antigos, também o retrato de Simonetta é idealizado como sendo o de uma ninfa, em parte Antiga em parte Renascentista. Estas distintas relações convergem nas obras de Botticelli configurando-as como campos de materiais heterogéneos e tempos anacrónicos, como objectos particularmente contraditórios. Com efeito, a Warburg não escapa a tensão ínsita na contraposição entre a impassibilidade do rosto de Vénus e, por outro lado, a desordenada agitação dos seus cabelos e da paisagem, nem o deslocamento que ocorre entre um sarcófago Antigo e a pintura, transformação do pathos de uma lamentação fúnebre em pathos erótico. Para Warburg, é através destes movimentos que se manifesta o influxo do paganismo na arte do Renascimento, nos antípodas da «sossegada beleza» de Winckelmann. Às representações apaziguadas da história, Warburg contrapõe uma genealogia de temas, motivos e formas, atenta à sua fundamental abertura e contradições, na linha da investigação filológica e crítica de Nietzsche, leitura que marcou decisivamente a sua juventude. ABY WARBURG (1866-1929).

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